Você realmente cria impacto verdadeiro através de experiências memoráveis? | Edição #16
Refletindo sobre como experiências simples e impactantes podem transformar a percepção e o valor do seu produto e negócio.
Vivenciar experiências e desencadear sentimentos é algo realmente impressionante, e super difícil (talvez impossível) de mensurar ou quantificar.
Com isso, será que estamos dando a importância necessária a este tema quando criamos desenvolvemos nossos produtos e empresas?
🗓️ Experiência da semana
Na semana passada, eu e o Leo Torres estivemos representando a Vertru no Ace Summit.
Encontramos nossos clientes e conhecidos do mercado, conhecemos pessoas super interessantes e o conteúdo dispensa comentários - assisti uma talk legal demais sobre Modelos de negócios com o Pierre Mantovani e o Renato Fabri, do Omelete - é incrível o que eles construíram, uma grande inspiração, sem dúvida.
Pretendo voltar na próxima edição. Se puder, recomendo que faça o mesmo!
✅ O simples que funciona
E o que isso tudo tem a ver com experiências e sentimentos? Bom, é simples e complexo ao mesmo tempo, vai fazer sentido pra você (ou não).
Haviam vários estandes de diferentes empresas no evento, e um deles tinha uma atividade disponível que me chamou a atenção.
O estande da Oracle tinha um simulador de fórmula 1 disponível para todos, era só encarar uma pequena fila (acredite, estava pequena mesmo).
Como um bom fã de automobilismo, f1 e games, resolvi entrar na fila para dar 2 voltas virtuais em Interlagos. Simplesmente, porque eu queria jogar no simulador!
Dei minhas voltas, não bati o recorde da pista, mas sai satisfeito. Afinal, não tenho um simulador desse em casa!
Como te contei, eu realmente só queria ter passado por essa experiência, mas ao final ainda ganhei um energético Redbull (para quem não sabe, a Oracle é uma das patrocinadoras da equipe Red Bull Racing de fórmula 1)!
Eu que nunca fui cliente Oracle, sai feliz, compartilhando essa experiência com as pessoas próximas, afinal, eu joguei video game e ainda ganhei um energético - em pleno horário de trabalho de uma sexta-feira! Pequenas conquistas da vida adulta 😅.
O que isso tem a ver com o digital?
Sabe qual foi o custo da Oracle de disponibilizar esse simulador e algumas unidades de Redbull? Provavelmente, irrelevante para eles.
Se não fosse esta experiência, eu ia ter passado pelo estande e seria só mais um, como todos os outros: um espaço de uma empresa legal, que faz um bom trabalho, mas que eu não vou gastar muito tempo aqui - muito menos escrever uma newsletter sobre ela.
Tudo isso me fez refletir sobre o que nós, criadores de produtos digitais, estamos fazendo nossos usuários sentirem.
Nós, profissionais do mercado, falamos muito de um monte de termos e conceitos difíceis: ativação, retenção, aha moment, wow moment, flywheel, growth loops, member get member, Conversion Rate Optimization, estratégias de xyz ou de [adicione um nome bonito em inglês]…
Entendo que tudo isso serve para nos ajudar a categorizar práticas que podem nos mostrar como e quais caminhos devemos seguir ou não, super válido.
Mas com tudo isso, talvez, a gente esteja esquecendo do mais simples: qual o sentimento que estamos causando nos nossos usuários e clientes? (Já falei um pouco sobre teoria vs realidade do mercado aqui).
Estamos criando experiências memoráveis, ou minimamente boas? Conseguimos gerar o valor esperado a cada interação com o cliente?
Também vou usar um termo bonito em inglês, mas juro que vai fazer sentido aqui: estamos passando no Sean Ellis Test?
O Sean Ellis Test é uma abordagem para medir o potencial de um produto ou serviço, avaliando se pelo menos 40% dos usuários afirmam que estariam “muito desapontados” se não pudessem mais usar o produto - chatGPT.
Os seus usuários e clientes ficariam desapontados se sua empresa encerrasse as atividades, ou seu produto seria facilmente substituído?
🌀Nunca é simples, nunca é óbvio
Esse monte de conceito que citei acima visa nos ajudar, afinal: criar boas experiências e desencadear sentimentos bons não é simples, nem é óbvio.
Cada produto, mercado, segmento, público alvo e contexto tem suas peculiaridades e tem seu jeito totalmente diferente de ser trabalhado. São muitos raros os casos em que basta replicar algo e tudo vai funcionar para nosso cenário.
⌛ Mais rápido que update do Windows
Textos que eu acho legal de compartilhar, mas não chegam a ser reflexões tão profundas - às vezes nem reflexões.
Usar a API da OpenAI e similares para gerar valor aos usuários do seu produto não é problema. Problema é:
- Usar IA "só por usar" (hype);
- Falar que desenvolveu uma IA enquanto usa uma API (isso é feio);
- Não usar a facilidade destas ferramentas para gerar valor quando há espaço (nada inteligente);
- Não usar os serviços disponíveis e tentar reinventar a roda dentro de casa (💸);
Se ainda estiver receoso de usar APIs de IA dos big players, lembre-se: provavelmente, sua empresa não tem uma salinha gelada com servidor graças à cloud destes mesmos players (MS, Google, AWS).
Ah, você pensou no risco de plataforma? Falei o que penso sobre isso aqui, vê lá!
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